Por Camila Mattana – head de ESG da BrasilReverso

Uma das maneiras de inspirar, motivar e dar exemplo para que empresas entendam a seriedade sobre o descarte correto de seus ativos de TI, diz respeito, principalmente, ao ESG – o conceito mais difundido em 2021.

Um exemplo é o estabelecimento de critérios concretos pelas empresas para a reciclagem dos resíduos plásticos, que oferecem benefícios diversos, desde o econômico até à de marca e valor, ao contribuir diretamente para a criação de uma cadeia produtiva mais limpa. Um programa de gestão bem planejado fornece dados importantes de todo o processo, desde a entrada de matéria-prima até a rastreabilidade do produto final. 

Levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria com 2.000 pessoas em 126 municípios brasileiros, mostrou que quase 38% das pessoas se preocupam em saber se um item foi produzido de forma ambientalmente correta. Outro dado indica que 62% afirmaram já ter boicotado marcas que violaram leis trabalhistas, tiveram atos discriminatórios, realizaram testes em animais ou cometeram algum tipo de crime ambiental .

Ainda que de forma gradativa, é preciso promover as mudanças necessárias e pertinentes a cada negócio. Afinal, riscos climáticos têm sido vistos como riscos de investimento. Capitais têm se realocado rapidamente, buscando ativos sustentáveis, e isso exige das empresas revisões em seus modelos de negócio.

A Agenda 2030, plano global da ONU, firmado em 2015 e fortemente divulgada pelo Rede Brasil do Pacto Global, bem como a abordagem ESG (Ambiental, Social e de Governança – ASG, em português), são grandes ferramentas aliadas a temática para o objetivo de chamar à responsabilidade organizações e lideranças em relação aos pilares de sustentação para um negócio consciente e próspero.

Dessa maneira, adotar práticas ambientais, sociais e de governança agrega valor e pode ser um grande diferencial para quem busca se consolidar no mercado, independente do setor que atua.