Uma nova aplicação para os Resíduos Eletroeletrônicos (REE) que inspira arte e muita criatividade.

Foto sobre Uma nova aplicação para os Resíduos Eletroeletrônicos (REE) que inspira arte e muita criatividade.

Foi com esse pensamento que João Miranda, morador da cidade de Belém no Pará, foi convidado para expor seu lindo trabalho manual através da recuperação dos resíduos eletroeletrônicos em São Paulo e em Madri.

João criou sua primeira obra apenas para aliviar o estresse, mas, ao concluir, toda a sua família se surpreendeu com algo que nem ele sabia que era possível (Arquivo pessoal).

“Sempre fui apaixonado por artes, mas não qualquer tipo. Gosto daquelas surrealistas, coisas que dá pra você imaginar o inimaginável. Um certo dia vi uma postagem de um artista plástico britânico, de coisas que ele fez com sacolas plásticas e alguns lixos como pet, tampinhas, etc. Achei aquilo muito louco e diferente, e tudo isso me inspirou pra tentar produzir a minha arte com a minha cara e meus gostos”, conta.
Obra: Peixe

Durante o confinamento da pandemia, há dois anos, João Vagno Miranda viu sua empresa sendo obrigada a fechar as portas. Sob extrema  pressão psicológica, não viu outra alternativa a não ser buscar uma rota de fuga para aliviar suas dores econômicas e psíquicas. Foi na arte que ele encontrou o amparo de que precisava. 

João criou sua primeira obra apenas para aliviar o estresse, mas, ao concluir, toda a sua família se surpreendeu com algo que nem ele sabia que era possível. “Rapidamente postei no meu Facebook, e, de uma forma tão intensa, estourou”, relata.

Como artista plástico, ele escolheu um nicho e um tema a abordar em suas obras, que é o lixo eletrônico e o impacto ambiental causado por ele. João passou a usar, então, para criar as obras, material eletrônico que é jogado no lixo como pilhas, placas, capacitores, mousse, cabos e muitos outros eletrônicos. “No início usei o que tinha à minha volta, tudo que era descartado. Mas, depois da terceira obra, precisei de quantidades maiores, então fechei parceria com cooperativas que separam e me doam o que preciso”, explica.

Em cada obra João mostra a importância da preservação ambiental. “Minhas obras têm uma essência revolucionária e educativa. Elas nos levam a fazermos o seguinte     questionamento: o que aconteceria se os resíduos eletrônicos fossem descartados de forma irregular? Que impacto isso causaria na natureza, na saúde humana e nos lençóis freáticos? Tudo é uma reflexão importante, e essa releitura tiramos da imagem de cada obra”, diz.

O ateliê do artista fica na casa dele. Segundo ele, a construção de uma obra leva cerca de duas a três semanas. “Hoje eu comercializo pelas minhas redes sociais”, informa. O perfil de João no Facebook e no Instagram é @artistajoaomiranda. O telefone é (91) 98162-1781. Conheça mais o trabalho desse grande artista seguindo suas mídias sociais.

Fonte: Empresário descobre veia artística durante a pandemia e passa a transformar lixo eletrônico em arte | Empreender | O Liberal